sexta-feira, 4 de março de 2011

Sobre confiar e perdoar

Há alguns meses aconteceu uma coisa ruim, e eu vou falar sobre isso quantas vezes for preciso, porque ainda não consigo engolir (eu sou assim mesmo, ou me vingo, ou demoro pra esquecer... mas não consigo perdoar logo de cara =/).

Sabe aquela amiga que você confia, fala de tudo, até relata como foi transar com aquela pessoa? Então, a minha amiga que se enquadra nessa descrição acabou contando pro carinha com quem ela ficava que eu sou gay. Tipo, não sou assumido, mas se alguém vier perguntar pra mim, falo com naturalidade que sou gay sim, e que sou normal e vivo muito bem (na medida do possível) com isso, que adoro ser gay. Voltando... aí minha amiga respondeu que sim quando o carinha perguntou se eu sou gay. Ué, por que ela não disse "Pergunta pra ele..."?

Ok, ainda não egoli isso, juro que continuo sendo amigo dela, mas sempre que a vejo, lembro desse errinho aí.

Mas as coisas podem mudar tão facilmente! Eu que ficava constrangido na presença do tal cara porque não sabia se ele tava com nojo de mim ou sei lá, hoje estou super amigo dele. Até conversamos sobre nossas experiências sexuais, sobre tudo mesmo.

E sabe o que é bom? Isso foi uma das melhores coisas que me aconteceram desde que entrei pra faculdade. O problema é que realmente ainda continua aquela pontinha espetando aqui dentro dizendo pra não confiar mais nela, na minha amiga. Afinal, ela contou pra alguém que mal conhecia uma coisa que eu não tenho coragem de dizer nem pra minha mãe.

De qualquer forma, é ótimo ter um amigo hétero em quem você pode confiar (e o único amigo hétero que eu tinha... bom, me apaixonei por ele e demorei anos pra superar... tipo, cinco anos). Mas, sabe, eu cresci. Já sei separar as coisas, e, apesar de não mandar no meu coração, sei que não chegará o momento em que eu amarei um hétero novamente, não daquela forma doentia e corrosiva, e penosa até. E não tem essa de "ah, isso só o tempo dirá". Não. Quem está dizendo sou eu, e é só isso.


Santigold - Creator
Alex Band - We've all been there


- Marcel.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Vivo, renovado e sexy!

Viram? Mudei o layout e o nome do blog.

Tou feliz, minha vida mudou muito (apesar de não parecer pra quem vê de longe), tou amando meu curso e meu trabalho e voltei a malhr... sim, vou continuar sexy!

É isso: não morri, o blog vai voltar à ativa e agora a preguiça fala mais alto, por isso não faço um post-resumão dos ultimos meses.

O quê? Pensou que isso aqui tivesse morrido?
2 anos de blog não é pra qualquer um não, tá?



FIERCE!

- Marcel.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

On The Road / Pé Na Estrada


"(...) Mas, nessa época, eles dançavam pelas ruas como piões frenéticos, e eu me arrastava na mesma direção como tenho feito toda a minha vida, sempre rastejando atrás de pessoas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício, explodindo como constelações em cujo centro fervilhante — pop — pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos 'aaaaaaah!'"


...do livro "On the road / Pé na estrada", de Jack Kerouac.



- Marcel.

sábado, 23 de outubro de 2010

O velho vai e vem, de tudo e todos

Então minha alergia passou. E voltou. E passou de novo. É assim mesmo, e eu vou ter que conviver com isso por um bom tempo, quem sabe pelo resto da vida.

Mas, então muita coisa aconteceu.

Lembram do Olhos Verdes aqui , né ? Acontece que... Calma, vou contar melhor.

Vamos retroceder 2 semanas no tempo. Estava eu indo resolver umas coisas no colégio onde sempre estudei e terminei o ens. médio (o que não foi há muito tempo, ok?) quando, de repente, através da vidraça da recepção vejo... ele (deve ter ido resolver algo lá também, porque ele terminou o ensino médio tbm há algum tempo). E meu coração subiu, meus olhos estufaram, etc, etc. Ele entra, senta. Eu levanto, saio. Vou ao banheiro me recompor. Olho pro cara no espelho meio aturdido e digo: “Você vai voltar lá. Você é uma diva. Não flope. Fierce!” Voltei. Passei por ele e nem olhei...

Aí ele me chama: “Ei, cara! Tá me vendo?” Óbvio que vi, e como vi! Só não queria ter que falar contigo, nem ter que encontrar contigo, e, principalmente, não ter te conhecido. Mas eu não disse isso. “Ah, e aí, beleza?” foi o que eu disse, apertando a mão dele.

Tempo passa, minutos, e tal, e ele conversa comigo suuuuper normalmente. Vejo que até quando a gente não tava conversando, ele não parava de olhar pra mim. Quase perguntei o por que disso, mas achei melhor não. Em um dado momento eu pergunto: “Então, como andam as coisas? Como tá... tudo?” Eu não sei se ele entendeu que na verdade eu quis dizer “Decidiu fingir que eu nunca disse que era apaixonado por ti? Decidiu dar uma de hétero-mente-aberta agora, e somente agora? Resumindo: agora a gente voltou a ser amigos, é isso?” Mas talvez ele nem tenha entendido. Só respondeu dizendo que tava tudo bem, falou do curso dele, perguntou o mesmo pra mim. Enfim...

Mas que ele tava estranho, tava. Muito simpático comigo. Se ele resolveu voltar atrás e “testar” o lado homo? Acho improvável. Antes eu poderia dizer que confio nele. Agora, não. Pra mim ele tem duas caras.

Ainda nos encontramos outra vez, que foi hoje, quando fui lá novamente. Fui educado. Apenas isso. Dei o “oi” básico e tal, perguntei se tava tudo bem... e foi isso.

A verdade é que... eu não quero dar nome a sentimentos. Ele ainda mexe comigo, quase nas mesmas proporções que antes. Mas... Né? Não quero me dar esperanças, e nem darei. Esperança se tem quando se deseja muuuuito algo. E hoje eu não o desejo como um dia já desejei.

O problema é que eu me apego às pessoas erradas, e isso é frequente. Mais que isso: eu dificilmente consigo me desapegar. O ótimo é que, quando o desapego vem, ele vem com tudo. E eu pego nojo. Espero que isso aconteça logo (em relação a ele) porque, sinceramente, já cansei.

E, depois de todo esse texto meloso, só quero dizer que agradeço aos comentários e forças (principalmente do Runaway, do "Alma de Vingador", e do Luck®, do "Sampa da Mãe Joana", blogs que vocês conferem na lista aí do lado) enquanto eu tava “meio” em crise alérgica. É bom saber que, mesmo a uma distância grande, tem gente que é gente boa.

Durante esse tempo de crise alérgica, juro que pensei que não tinha mais motivo nenhum pra continuar vivendo. Fiz todo tipo de teste (contato, inalantes, alimentos) e mil exames de sangue, e todos deram negativo, não sou alérgico. Aí fico nessa de sou, não sou, sou, não sou. A minha dermatologista disse que pode ser alergia psicológica... Talvez eu estivesse entrando em depressão, mas sempre que penso que tou quase deprê mesmo, tento de todas as maneiras possíveis ocupar minha mente. Com coisas boas, de preferência. Costuma resolver... E, sabe quando a vida coloca na sua frente uma prova de que tudo poderia ser bem pior e que, na verdade, você deveria estar agradecendo por tudo, simplesmente tudo? Pois é, isso tem acontecido comigo ultimamente. E eu sempre agradeço por continuar vivo, por viver, por existir. Afinal, não consigo de jeito nenhum lidar com o fato de que um dia todos tem que morrer. Não consigo entender o motivo disso, e talvez nem haja um mesmo...

White Stripes – Fell in Love with a girl

Joss Stone – Fell in Love with a boy (cover do White Stripes que ela fez pro primeiro álbum, se não me engano. Muito digna a Joss!)


- Marcel.

domingo, 19 de setembro de 2010

Desabafo

Preciso registrar isso.

A alergia tá me matando, tou com pontos vermelhos no corpo inteiro. Coça muito, tudo coça! O desespero às vezes chega a ser gritante (mas eu prefiro não gritar pra não acordar os vizinhos). Não consigo mais fazer nada, concentração pra estudar é mínima (juro que já pensei até em abandonar o curso) e, sinceramente, tem horas que penso em simplesmente desistir. Dermatologistas? Tou na terceira, e exames já foram aos montes, remédios também. Vai, volta, vai volta - isto é, antes era assim. Agora parece que veio e não quer mais voltar.

Eu precisava desabafar isso. Preciso de forças pra continuar, pra viver.


- Marcel.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O mundo que ele quer

2 meses e pouco mais de uma semana - esse é o tempo que faz que ninguém posta nada aqui.

Tá, mas tem uma explicação (ou várias delas).

Bernardo (o melhor amigo do Marcel, isto é, meu) anda muito ocupado com coisas de fim de faculdade (tcc/monografia, formatura, etc, etc) e eu... Bom, eu continuo sendo eu mesmo. Acho que isso explica tudo.

Em meio a alergia que vai e vem (alergia movida a stress), estágio, faculdade, família não muito agradável e outras coisas mais, eu venho sobrevivendo. Ontem fiquei meio triste quando soube que uma garota que eu nunca conheci, nunca havia ouvido falar, faleceu devido a um câncer. Eu tenho disso mesmo, as pessoas às vezes me tocam sem mais nem menos. Ainda mais quando é algo relacionado a essa doença. Vai ver eu tenho medo de ter isso algum dia (e tenho, mesmo).

Ultimamente venho economizando o máximo que posso pra comprar um carro. É, um carro meu, em todo o sentido do pronome. Não seria algo como me tornar independente dos pais, mas já seria um grande passo. Enorme passo, mesmo. Sem contar que diminuiria meu stress em níveis consideráveis.

Bom, acho que tenho conseguido controlar isso (o stress) mais do que nunca. Claro que, em algumas situações, é impossível não se descontrolar um pouco, mas tudo bem, a gente supera.

Ainda que minha mente ande muito ocupada com tentar ler uns cinco ou mais livros, tentar estudar bastante, tentar iniciar uma monografia que ainda não tem pé nem cabeça, tentar assistir várias séries, tentar continuar em forma, tentar mil coisas de uma vez só... eu posso dizer (repetir) que venho sobrevivendo. E esse "tentar" tá, aos poucos, conseguindo ser substituído por "conseguir", o que é ótimo. Né?

Ah, tá faltando falar alguma coisa sobre homens? Homem? Puff... Não, obrigado. Por enquanto não, e assim fica ótimo pra mim. Eu sei que sempre que digo que 'não quero me envolver com mais ninguém' acaba aparecendo alguém pra dar uns tiros no meu coração, mas acho que dessa vez... dessa vez não. Não, e ponto final. Por um bom tempo.


- Marcel.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fotografias

Antes era assim: música? rock, somente; roupas? tanto faz, o que couber em mim tá ótimo; família? homem + mulher = filhos; sexo? sim: com homem, uma vez só e adeus (figura repetida não completa o album)... com mulher, sim, com a mulher que eu casar; dinheiro traz felicidade? não.



Agora é assim: música? muito pop e muito rock... jazz e blues também; roupas? de boas marcas, por favor; família? homem + homem = futuro muito incerto; sexo? sim, com namoradO ou futuro marido; dinheiro traz felicidade? se por felicidade se entende roupas caras, jóias, viagens e lindos celulares, então traz sim.

t.A.t.U. - All the things she said
Lily Allen - Smile



- Marcel.