No fim da tarde hoje, quando peguei ônibus pra ir pra universidade, nem esperava passar pelo que passei. Sentei no fundão do ônibus, como sempre faço. Lá estava eu, com o caderno na mão, ouvindo música com o fone no ouvido, olhando o trânsito quase lento, as pessoas em seus carros, ou andando, ou paradas, ou se beijando em praças, ou fazendo porra nenhuma.
Sentou-se do meu lado um carinha baixo com os braços bem fortes. Percebi logo que aqueles braços não tinham sido adquiridos em anos de malhação, mas sim por anabolizantes. Dá pra notar facilmente. Mas não acho muito feio. Dependendo da pessoa, fica até bastante sexy.
Aquele baixinho (que com certeza não era da Xuxa) começou a encostar a perna na minha, olhava pra um lado, pro outro. Parecia mesmo bem inquieto. Achei estranho. Muito estranho. Olhei pro rosto dele. Parecia ser alguns anos (não muitos) mais velho que eu. Talvez também estudasse na mesma universidade, não deixei de notar que tinha um caderno e um livro sobre a perna. E a perna continuava a se enroscar na minha, se esfregar. Comecei a me excitar. Olhei com o canto do olho e notei que ele me observava. Ri discretamente. Ele também. O ônibus estava meio lotado, mas acho que ninguém estava percebendo aquele enroscar de pernas, aquele cara no fundo deixando o outro excitado. Muito excitado.
Infelizmente ele desceu do ônibus bem antes de mim. Não pude deixar de notar o volume que fazia na sua calça. Ele com certeza estava tão excitado quando eu. E nem trocamos número de celular, nem nada. Porra...
Voltando à mesa do post anterior...
George estava excitado, rigidamente excitado. Eu não contive o riso discreto, nem ele. Continuamos a comer o bolo, continuamos a brincar. Nós, dois adolescentes bem novinhos descobrindo o sexo. Ou os sexos.
A partir de então, sempre que nos víamos eu sentia uma louca vontade de pegar nele. Naquele tempo não me importava mas hoje me questiono o motivo de apenas eu pegar nele, e não ele em mim. Tudo bem, isso no mundo GLBTTT (não sei pra que tanto T, bastava GLS) se chama "ativo" e "passivo".
Apreciávamos a companhia um do outro, mesmo sendo ainda bem jovens para sabermos disso. Mesmo sendo grandes amigos, mas talvez por isso nos tornamos tão íntimos. E com pouco tempo eu já fazia carícias nele. Passava a mão sobre seu pescoço, sua barriga, suas pernas. Ele gostava de segurar na minha mão. Interessante isso, vai ver que ele se sentia seguro quando estava assim comigo. Seus braços já eram bem peludinhos e ele sabia que eu adorava puxar levemente os pêlos. Me deixava quase excitado. E a ele também.
Engraçado que às vezes quando ia dormir, eu me perguntava se não estava pecando. Naquela época eu tinha o hábito de rezar sempre antes de dormir. Acho que nunca vou entender bem isso de ser ou não ser pecado porque a Bíblia diz que é ou não é. O que eu sei é que Deus (ou seja qual for o nome que as religiões usem), se realmente existir, não quer ódio e mal. E o que eu e George fazíamos não era fruto de ódio nem de maldade. Era inocente, mas depois passou a ser belo, muito belo. Lindo.
Paro agora e me pergunto como ninguém nunca nos pegou no flagra... Como nunca me viram tocá-lo e ele corresponder. Talvez porque sua mãe trabalhava o dia todo e ele ficava em casa com a tia (que não saía da frente da TV um minuto) e a irmã (acho que naquela época ela tinha uns 7 anos ou 6...ou 5). E na minha casa geralmente não tinha muita gente também. Enfim, chamemos de sorte.
Uma vez brincávamos com sua irmã dentro da casa dele. Nos escondíamos para que ela tentasse nos encontrar. Não esqueço de quando ficamos debaixo da cama da mãe dele, bem apertadinhos, e nos beijamos pela primeira vez. É, talvez tínhamos 14 anos. Nos beijamos silenciosa e demoradamente, um beijo inocente mas quente, muito quente. Dia inesquecível aquele...
Falando em beijos, voltando um pouco ao presente. Quando conheço algum cara e tenho uma breve relação sexual com ele (entenda-se apenas uma transa), não gosto de beijá-lo. Por mais bonito que seja, por mais limpinho, cheiroso ou bem vestido que seja. Pode parecer estranho, mas acho mais fácil fazer sexo do que beijar. Às vezes tenho essas loucuras mesmo...
De volta ao passado.
Aquele beijo debaixo da cama foi caloroso, literalmente, porque começamos a suar. Depois do primeiro beijo, evoluímos, evoluímos. É, posso dizer que chegamos ao ápice, ou talvez ao início do mesmo. Quem sabe o ápice não é maior que o próprio início, mas tão irresistível quanto...
- Marcel.
Sentou-se do meu lado um carinha baixo com os braços bem fortes. Percebi logo que aqueles braços não tinham sido adquiridos em anos de malhação, mas sim por anabolizantes. Dá pra notar facilmente. Mas não acho muito feio. Dependendo da pessoa, fica até bastante sexy.
Aquele baixinho (que com certeza não era da Xuxa) começou a encostar a perna na minha, olhava pra um lado, pro outro. Parecia mesmo bem inquieto. Achei estranho. Muito estranho. Olhei pro rosto dele. Parecia ser alguns anos (não muitos) mais velho que eu. Talvez também estudasse na mesma universidade, não deixei de notar que tinha um caderno e um livro sobre a perna. E a perna continuava a se enroscar na minha, se esfregar. Comecei a me excitar. Olhei com o canto do olho e notei que ele me observava. Ri discretamente. Ele também. O ônibus estava meio lotado, mas acho que ninguém estava percebendo aquele enroscar de pernas, aquele cara no fundo deixando o outro excitado. Muito excitado.
Infelizmente ele desceu do ônibus bem antes de mim. Não pude deixar de notar o volume que fazia na sua calça. Ele com certeza estava tão excitado quando eu. E nem trocamos número de celular, nem nada. Porra...
Voltando à mesa do post anterior...
George estava excitado, rigidamente excitado. Eu não contive o riso discreto, nem ele. Continuamos a comer o bolo, continuamos a brincar. Nós, dois adolescentes bem novinhos descobrindo o sexo. Ou os sexos.
A partir de então, sempre que nos víamos eu sentia uma louca vontade de pegar nele. Naquele tempo não me importava mas hoje me questiono o motivo de apenas eu pegar nele, e não ele em mim. Tudo bem, isso no mundo GLBTTT (não sei pra que tanto T, bastava GLS) se chama "ativo" e "passivo".
Apreciávamos a companhia um do outro, mesmo sendo ainda bem jovens para sabermos disso. Mesmo sendo grandes amigos, mas talvez por isso nos tornamos tão íntimos. E com pouco tempo eu já fazia carícias nele. Passava a mão sobre seu pescoço, sua barriga, suas pernas. Ele gostava de segurar na minha mão. Interessante isso, vai ver que ele se sentia seguro quando estava assim comigo. Seus braços já eram bem peludinhos e ele sabia que eu adorava puxar levemente os pêlos. Me deixava quase excitado. E a ele também.
Engraçado que às vezes quando ia dormir, eu me perguntava se não estava pecando. Naquela época eu tinha o hábito de rezar sempre antes de dormir. Acho que nunca vou entender bem isso de ser ou não ser pecado porque a Bíblia diz que é ou não é. O que eu sei é que Deus (ou seja qual for o nome que as religiões usem), se realmente existir, não quer ódio e mal. E o que eu e George fazíamos não era fruto de ódio nem de maldade. Era inocente, mas depois passou a ser belo, muito belo. Lindo.
Paro agora e me pergunto como ninguém nunca nos pegou no flagra... Como nunca me viram tocá-lo e ele corresponder. Talvez porque sua mãe trabalhava o dia todo e ele ficava em casa com a tia (que não saía da frente da TV um minuto) e a irmã (acho que naquela época ela tinha uns 7 anos ou 6...ou 5). E na minha casa geralmente não tinha muita gente também. Enfim, chamemos de sorte.
Uma vez brincávamos com sua irmã dentro da casa dele. Nos escondíamos para que ela tentasse nos encontrar. Não esqueço de quando ficamos debaixo da cama da mãe dele, bem apertadinhos, e nos beijamos pela primeira vez. É, talvez tínhamos 14 anos. Nos beijamos silenciosa e demoradamente, um beijo inocente mas quente, muito quente. Dia inesquecível aquele...
Falando em beijos, voltando um pouco ao presente. Quando conheço algum cara e tenho uma breve relação sexual com ele (entenda-se apenas uma transa), não gosto de beijá-lo. Por mais bonito que seja, por mais limpinho, cheiroso ou bem vestido que seja. Pode parecer estranho, mas acho mais fácil fazer sexo do que beijar. Às vezes tenho essas loucuras mesmo...
De volta ao passado.
Aquele beijo debaixo da cama foi caloroso, literalmente, porque começamos a suar. Depois do primeiro beijo, evoluímos, evoluímos. É, posso dizer que chegamos ao ápice, ou talvez ao início do mesmo. Quem sabe o ápice não é maior que o próprio início, mas tão irresistível quanto...
- Marcel.
continua...
ResponderExcluirconta mais de vc eo George to adorando o conto
belo blog rpz! gostei da sensibilidade das suas histórias. precisando conversar, estamos aqui.abraço
ResponderExcluirPessoal, muito obrigado pela força e por estarem gostando do blog! Abraços!
ResponderExcluirgostei do seu blog, achei que vc escreve muito bem , é um cara bem resolvido, e tb bem humorado....super adorei ( e sou fã de mariah, bjork e celine) heheheheheh prazer.
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