terça-feira, 24 de março de 2009

E daí?




E daí que eu esteja solteiro?
E daí que eu esteja desempregado?
E daí que eu me arrependa de fazer Direito, e não Psicologia?
E daí que meu (ex) melhor amigo não fala mais comigo porque eu gostava (gosto?) dele?
E daí que meu aniversário esteja chegando, e que eu esteja envelhecendo?
E daí que eu não consiga terminar de escrever meu livro?
E daí que eu não consiga terminar de ler nenhum livro?
E daí que ultimamente eu não tenha feito porra nenhuma?
E daí que a água do mundo está se esgotando?
E daí que eu queira um cordão com um pingente de prata caríssimo?
E daí que eu queira um Citroen C4 Pallas?
E daí que eu tenha mudado muito?
E daí que eu esteja escrevendo esse post sem sentido?
E daí que pouca gente vai ler?
E daí? E aí? Hein!? Aaaahhh!!!....


So so what?
I'm still a rock star
I got my rock moves
And I don't need you
And guess what
I'm having more fun
And now that we're done
I'm gonna show you tonight
I'm alright, I'm just fine
And you're a tool
So so what?
I am a rockstar
I got my rock moves
And I don't want you tonight

(Pink - So What) (->imagem do post)

- Marcel.

domingo, 15 de março de 2009

Como identificar um gay.




Antes de mais nada, quero dizer que esse post não é homofóbico (até porque eu sou homo também, né galera!). O que aqui será exposto pode deixar alguns de vocês com receio de certos atos e deslizes que cometem, às vezes sem querer, às vezes querendo mesmo. Para os mais experientes, bem vividos e, claro, bons observadores, o que eu direi aqui não será supresa alguma. Mas, vamos lá. Caro leitor, por favor ative seu gaydar agora ou aprimore-o!


DICAS SOBRE COMO IDENTIFICAR UM GAY

- Primeiro, somente um homossexual escreveria um título colorido como este acima;
- Todo gay que se preze tem uma Diva, de preferência internacional. Exemplos de Divas: Madonna (básico!), Britney Spears (gays super-pops com tendência a serem assumidos), Christina Aguilera (gays com bom gosto musical...eu, por exemplo, sou super fã dela!), Mariah Carey (geralmente gays com mais de 20 anos), Celine Dion (gays românticos e com mais de 30 anos), Rihanna (gays que descobriram a sexualidade há pouco tempo), Beyoncé (gays que adoooram dançar), Pink (gays com tendência a rockeiros), Cher (gays com classe), Gwen Stefani (gays com bom gosto pra moda), Björk (gays inteligentes), etc...;
- Gays têm mais amigAs do que amigOs;
- Homens que começam frases com "ai", "ai, gente", "aiiii", e variantes (desde que não seja um "ai" de dor, interjeição), são gays (se começa frases com "ain", são muito gays!);
- A maioria dos gays sabe o que é um scarpin, sabe a diferença entre produtos de maquiagem e sabe identificar marcas de roupas a distâncias incríveis;
- Homens (brasileiros) que não sabem jogar futebol tem tendência a ser gays (eu por exemplo...);
- Homens que dizem que não têm namoradA ou ficante porque prefere ficar sozinho por um tempo tem uma boa tendência a serem gays;
- Gays falam "babado"(no sentido de fofoca) e homens não (pelo menos até o momento...);
- Gays ficam desconcertados e/ou desconfortáveis quando homens começam a elogiar as belas formas de alguma mulher ou quando começam a falar de sexo heterossexual;
- Homem que tira foto fazendo biquinho e põe no orkut com certeza é gay;
- Homem que gosta de coisas coloridas (não só títulos de quaisquer coisas, heheh) são gays;
- Gays adoram se enfeitar com anéis, pulseiras, cordões e outros acessórios (de preferência que chamem atenção);
- Expressões típicas de gays: "me poupe", "mentira! juraaa?", "te adoro, amiga", "minha gente!", "oi gente", "arrazou"(inconfundível!), "que luxo" (idem!), "acho digno", etc;
- Gays encaram outros homens por mais de 2 segundos;
- A maioria dos gays passa um bom tempo escolhendo a cor da cueca que vai vestir;
- Gays rasgam a folha do caderno quando borram até mesmo uma única letra;
- Etc...

Se você sabe ou lembrou de alguma outra dica importante, deixe um comentário dizendo qual é. Se você conhece alguém com algumas dessas características e ainda tem dúvida de que seja gay, verifique se o seu gaydar não está enferrujado.

Obs.: Homens com todas as características citadas acima são
extraordinariamente gays!

- Marcel.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Debaixo da cama.




No fim da tarde hoje, quando peguei ônibus pra ir pra universidade, nem esperava passar pelo que passei. Sentei no fundão do ônibus, como sempre faço. Lá estava eu, com o caderno na mão, ouvindo música com o fone no ouvido, olhando o trânsito quase lento, as pessoas em seus carros, ou andando, ou paradas, ou se beijando em praças, ou fazendo porra nenhuma.

Sentou-se do meu lado um carinha baixo com os braços bem fortes. Percebi logo que aqueles braços não tinham sido adquiridos em anos de malhação, mas sim por anabolizantes. Dá pra notar facilmente. Mas não acho muito feio. Dependendo da pessoa, fica até bastante sexy.

Aquele baixinho (que com certeza não era da Xuxa) começou a encostar a perna na minha, olhava pra um lado, pro outro. Parecia mesmo bem inquieto. Achei estranho. Muito estranho. Olhei pro rosto dele. Parecia ser alguns anos (não muitos) mais velho que eu. Talvez também estudasse na mesma universidade, não deixei de notar que tinha um caderno e um livro sobre a perna. E a perna continuava a se enroscar na minha, se esfregar. Comecei a me excitar. Olhei com o canto do olho e notei que ele me observava. Ri discretamente. Ele também. O ônibus estava meio lotado, mas acho que ninguém estava percebendo aquele enroscar de pernas, aquele cara no fundo deixando o outro excitado. Muito excitado.

Infelizmente ele desceu do ônibus bem antes de mim. Não pude deixar de notar o volume que fazia na sua calça. Ele com certeza estava tão excitado quando eu. E nem trocamos número de celular, nem nada. Porra...


Voltando à mesa do post anterior...


George estava excitado, rigidamente excitado. Eu não contive o riso discreto, nem ele. Continuamos a comer o bolo, continuamos a brincar. Nós, dois adolescentes bem novinhos descobrindo o sexo. Ou os sexos.

A partir de então, sempre que nos víamos eu sentia uma louca vontade de pegar nele. Naquele tempo não me importava mas hoje me questiono o motivo de apenas eu pegar nele, e não ele em mim. Tudo bem, isso no mundo GLBTTT (não sei pra que tanto T, bastava GLS) se chama "ativo" e "passivo".

Apreciávamos a companhia um do outro, mesmo sendo ainda bem jovens para sabermos disso. Mesmo sendo grandes amigos, mas talvez por isso nos tornamos tão íntimos. E com pouco tempo eu já fazia carícias nele. Passava a mão sobre seu pescoço, sua barriga, suas pernas. Ele gostava de segurar na minha mão. Interessante isso, vai ver que ele se sentia seguro quando estava assim comigo. Seus braços já eram bem peludinhos e ele sabia que eu adorava puxar levemente os pêlos. Me deixava quase excitado. E a ele também.

Engraçado que às vezes quando ia dormir, eu me perguntava se não estava pecando. Naquela época eu tinha o hábito de rezar sempre antes de dormir. Acho que nunca vou entender bem isso de ser ou não ser pecado porque a Bíblia diz que é ou não é. O que eu sei é que Deus (ou seja qual for o nome que as religiões usem), se realmente existir, não quer ódio e mal. E o que eu e George fazíamos não era fruto de ódio nem de maldade. Era inocente, mas depois passou a ser belo, muito belo. Lindo.

Paro agora e me pergunto como ninguém nunca nos pegou no flagra... Como nunca me viram tocá-lo e ele corresponder. Talvez porque sua mãe trabalhava o dia todo e ele ficava em casa com a tia (que não saía da frente da TV um minuto) e a irmã (acho que naquela época ela tinha uns 7 anos ou 6...ou 5). E na minha casa geralmente não tinha muita gente também. Enfim, chamemos de sorte.

Uma vez brincávamos com sua irmã dentro da casa dele. Nos escondíamos para que ela tentasse nos encontrar. Não esqueço de quando ficamos debaixo da cama da mãe dele, bem apertadinhos, e nos beijamos pela primeira vez. É, talvez tínhamos 14 anos. Nos beijamos silenciosa e demoradamente, um beijo inocente mas quente, muito quente. Dia inesquecível aquele...

Falando em beijos, voltando um pouco ao presente. Quando conheço algum cara e tenho uma breve relação sexual com ele (entenda-se apenas uma transa), não gosto de beijá-lo. Por mais bonito que seja, por mais limpinho, cheiroso ou bem vestido que seja. Pode parecer estranho, mas acho mais fácil fazer sexo do que beijar. Às vezes tenho essas loucuras mesmo...

De volta ao passado.
Aquele beijo debaixo da cama foi caloroso, literalmente, porque começamos a suar. Depois do primeiro beijo, evoluímos, evoluímos. É, posso dizer que chegamos ao ápice, ou talvez ao início do mesmo. Quem sabe o ápice não é maior que o próprio início, mas tão irresistível quanto...

- Marcel.

sábado, 7 de março de 2009

Brincadeira...?




Tínhamos mais ou menos 13 anos quando começou. Eu poderia ter evitado, já que a iniciativa foi minha. Bom, na verdade não foi algo concreto e realizado. Jogávamos vídeo-game, num Super Nintendo (éramos viciados) algum jogo de corrida ou de luta (algum clássico, talvez Mortal Kombat ou Street Fighter). Tudo bem, voltando. Estávamos no sofá, eu e ele.

- Perdeu! - gritou e em seguida gargalhou.

- Meu controle tá com defeito, assim não vale! - reclamei, mentindo e rindo também.

Dei um soco no braço dele e ele me empurrou, tudo na brincadeira. Então começamos a nos empurrar, até que ele pulou em cima de mim e começou a cutucar minha barriga para fazer cóssegas. E foi aí que começou...

Tentando me desvencilhar do seu "ataque", me debatia no sofá e meu pé chegou até o meio das pernas dele. Mas não com força, não para dar um golpe baixo. Lembro que ele ria com aquilo. Meu pé se "enroscava" no órgão dele por cima de sua roupa.

Éramos muito jovens e aquilo não passava de brincadeira (pelo menos por enquanto). Não nego que sentia uma pequena atração por ele, mas é bem verdade que eu não sabia o que significava essa atração.

Eu, Marcel. Ele, George.

Tínhamos em torno de 9 ou 10 anos quando nos conhecemos. Lembro-me ainda disso muito bem. Ele era o vizinho novo da casa ao lado. Eu era um garoto sozinho (já tinha um irmão de 1 ano, mas ele morava com minha mãe em outra cidade). Ele tinha muitos brinquedos. Eu tinha um quintal enorme onde passava o dia com meus brinquedos. Pontos convergentes ou divergentes? (...)

Nos conhecemos quando sua mãe veio à minha casa pedir para que eu passasse um dia lá. Fui e não me arrependo até hoje. Muita coisa na minha vida (senão ela toda) seria diferente se eu não tivesse ido. Nossa amizade se formou e se firmou.

Marcel e George. Os dois melhores amigos, os dois vizinhos, os dois futuros amantes.
O que sinto por ele hoje é fruto de uma verdadeira amizade, de um sentimento confuso que talvez não seja amor e que possivelmente não tenha bem um nome. Mas eu gosto de chamar de "amor". Há pouco menos de um ano descobri que sentia mesmo isso.

Saltando no tempo, do passado "distante" para o menos "distante". Voltando ao sofá.
George sorria quando meu pé tocava, por cima de suas vestes, o seu órgão. Aquela brincadeira era legal. Eu gostava, ele também. Por que não fazê-la mais vezes? É, eu fiz.

Como ele morava na casa ao lado, nos víamos todos os dias, de segunda a segunda. Nas outras vezes em que jogamos video-game não foi diferente. Na primeira oportunidade estávamos com a nossa "brincadeira" (13 anos, hormônios saltando pelos olhos, amizade criando cores). Eu não me via como gay, ele também não.

Lembro-me muito bem de uma vez em que sentamos no chão para assistir um filme da "Sessão da Tarde", algum filme de romance. Já perto do final do filme,George estava com as pernas sobre as minhas. Olhei para ele, ele me olhou. Sorrimos. Eu já começava a me excitar quando estávamos bem próximos em momentos assim.

Acho que um ano depois a nossa brincadeira deixou de ser brincadeira. Tornou-se algo como um desejo, uma vontade de fazer para sentir algo. E foi então que, quando comíamos um bolo sentados na mesa, eu não resisti. E não me refiro ao bolo. Estiquei minha perna por baixo da mesa para alcançá-lo. Meu pé tocou o meio de suas pernas. E ele estava excitado...

- Marcel.

terça-feira, 3 de março de 2009

Hold on...




É... acho que estou superando (novamente) o HPV. Depois que comecei a usar (novamente) a pomada que o médico receitou, tenho a impressão de que estou melhorando. E também tenho me alimentado melhor, para fortalecer o sistema imunológico; além disso tenho feito caminhada todos os dias. Acordo às 5:50 da madrugada e vou caminhar numa área arborizada perto da minha casa. É ótimo, é bastante relaxante e já começo o dia com disposição. Também tenho dormido melhor, afinal pesquisas comprovam que um sono regular ajuda na manutenção de uma boa saúde. Enfim, espero que em alguns dias poste aqui que minha saúde já está bem melhor.

Ultimamente tenho me sentido mais disposto a tudo: tenho lido mais, continuo assistindo séries pelo computador (Legend of the Seeker, que eu recomendo; Fringe, muito boa também; entre outras), e sinto minha criatividade voltando. Isso quer dizer que voltei a escrever meu livro. \o/
(Depois falo mais sobre o livro)

O que eu penso, às vezes, é que eu tenho sofrido com esta maldita doença nos ultimos meses e meu ex continua lá, ótimo, com uma saúde invejável e feliz da vida (creio eu). Acho injusto isso...

Mas quem disse que a vida é justa?

Quando a vida nos mostra seu lado injusto, o que temos que fazer é mostrarmos que somos mais espertos que ela. Dar a volta por cima! Seja qual for o seu problema, tente sempre pensar positivo. Até porque o fator psicológico influi bastante na nossa saúde, no nosso bem estar. Uma pessoa deprimida fica bastante vulnerável a adquirir doenças. Fica mais fraca.

Tenho tentado ultimamente ser o mais positivo possível. E acho que tenho conseguido. Não sozinho, mas sempre com a ajuda de queridos amigos e amigas, que mesmo que não sejam muitos, são essenciais. Sempre tive nas minhas amizades uma verdadeira fonte de alegria, de vida.

Eu quero envelhecer tranquilo, ter um fim de vida saudável, em paz... E se quero mesmo conseguir isso, tenho que lutar desde cedo. Nada vem de graça nesse mundo. Nem mesmo a vida, já que o preço que pagamos para termos o direito de viver é termos o dever de morrer um dia. Vou continuar meu curso de Direito me dedicando o máximo, vou continuar meu livro, vou continuar lendo sempre... E vou continuar vivendo, enfrentando os obstáculos e tudo o mais.

E o resto que se foda!

...Legal...começou a chover! Bons presságios...

[Músicas da vez: "Clocks" - Coldplay; "Put your records on" - Corinne Bailey Rae]

- Marcel.