domingo, 14 de março de 2010

Marcel



Ladies and gentleman, and flamboyant gentleman! (Cher, é você?)

Bem vindos ao post sobre este rato de tecnologia que vos escreve, digo, digita. O que ele pode falar dele? Que pergunta tosca, clichê até a raiz. Mas di-lo-ei mesmo assim. Ou diluí. Ou o que for. Porque agora eu estou ouvindo Cher – sim, eu ouço a diva jurássica, anciã, a mais linda anciã e mais diva de todas, e falem o que quiser contra isso, foda-se o que for contra. Mas as outras mais jovens também são boas. Um pouco mais jovens como Björk, ou bem mais jovens como Pink ou Christina Aguilera. E ainda bem mais jovens em um estilo inglês que enche meus olhos de prazer, sabe, do jeito que a Joss Stone faz bem, cantando. Viu que gaaaay?! Gay também gosta de rock, oras. Gosto demais, e, como eu costumava dizer há uns anos, repito agora: rock na veia. Me senti um pré-adolescente virgem às vésperas do colegial. O colegial, lugar onde pisei com muita vontade, boa e admirável presença, eu diria. Porque eu fui popular, no melhor estilo seriado-americano-idiota. Talvez tenham me achado gay por isso, mas eu não ligo, e, mesmo que ligasse, não dei motivos. Dei? Dei outra coisa, motivos não. Outras coisas, plural bem vindo. Gramática, sim, eu a amo! Desfenestrar-vos-ei palavras englobadas em prolixidade gramatical da sacal ociosidade da noite. Primeira vez que uso “desfenestrar”. É, gostei. Falando em desfenestrar, sou aquele tipo de ser quase humano que atira objetos quando está com raiva. Com raiva mesmo, muita raiva, extrema, até. Por isso tranco a porta do quarto e desfenestro coisas nas paredes (e não pela janela, como seria de se supor ou de se desfenestrar). Mas somente quando estou explodindo raiva, e isso não é freqüente. O que é freqüente a mim é colecionar aquelas bolinhas de silicone que você joga no chão e elas pulam altíssimo, sabe? Pois é. Também é freqüente escrever (óbvio pela profundidade em extensão desse post). Querem mais? Eu quero mais. A preguiça, entretanto, venceu. Ou o sono, ou essa música, esse som dançante de violino que sai das caixas de som. Ouço um barulho de motor de carro ao longe. Sim, eu amo carros! Amo mesmo, paro pra admirar a beleza de alguns carros. Isso é gay? Heterrosexualmente gay? Por que separar as coisas? Gay, hetero, viado, macho, sapatão, mulher, enrustido, fodido. Chega. Estou me excedendo. Continuo assim que a inconstância voltar.

Eu gosto de soltar minha voz e quebrar guitarras

Porque isso não me faz lembrar de nada

Eu gosto de brincar na areia, o que é meu é nosso

Se isso não me fizer lembrar de nada.

(Audioslave - Doesn't Remind Me)


- Marcel.