"(...) Mas, nessa época, eles dançavam pelas ruas como piões frenéticos, e eu me arrastava na mesma direção como tenho feito toda a minha vida, sempre rastejando atrás de pessoas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício, explodindo como constelações em cujo centro fervilhante — pop — pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos 'aaaaaaah!'"
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
On The Road / Pé Na Estrada
sábado, 23 de outubro de 2010
O velho vai e vem, de tudo e todos
Então minha alergia passou. E voltou. E passou de novo. É assim mesmo, e eu vou ter que conviver com isso por um bom tempo, quem sabe pelo resto da vida.
Mas, então muita coisa aconteceu.
Lembram do Olhos Verdes aqui , né ? Acontece que... Calma, vou contar melhor.
Vamos retroceder 2 semanas no tempo. Estava eu indo resolver umas coisas no colégio onde sempre estudei e terminei o ens. médio (o que não foi há muito tempo, ok?) quando, de repente, através da vidraça da recepção vejo... ele (deve ter ido resolver algo lá também, porque ele terminou o ensino médio tbm há algum tempo). E meu coração subiu, meus olhos estufaram, etc, etc. Ele entra, senta. Eu levanto, saio. Vou ao banheiro me recompor. Olho pro cara no espelho meio aturdido e digo: “Você vai voltar lá. Você é uma diva. Não flope. Fierce!” Voltei. Passei por ele e nem olhei...
Aí ele me chama: “Ei, cara! Tá me vendo?” Óbvio que vi, e como vi! Só não queria ter que falar contigo, nem ter que encontrar contigo, e, principalmente, não ter te conhecido. Mas eu não disse isso. “Ah, e aí, beleza?” foi o que eu disse, apertando a mão dele.
Tempo passa, minutos, e tal, e ele conversa comigo suuuuper normalmente. Vejo que até quando a gente não tava conversando, ele não parava de olhar pra mim. Quase perguntei o por que disso, mas achei melhor não. Em um dado momento eu pergunto: “Então, como andam as coisas? Como tá... tudo?” Eu não sei se ele entendeu que na verdade eu quis dizer “Decidiu fingir que eu nunca disse que era apaixonado por ti? Decidiu dar uma de hétero-mente-aberta agora, e somente agora? Resumindo: agora a gente voltou a ser amigos, é isso?” Mas talvez ele nem tenha entendido. Só respondeu dizendo que tava tudo bem, falou do curso dele, perguntou o mesmo pra mim. Enfim...
Mas que ele tava estranho, tava. Muito simpático comigo. Se ele resolveu voltar atrás e “testar” o lado homo? Acho improvável. Antes eu poderia dizer que confio nele. Agora, não. Pra mim ele tem duas caras.
Ainda nos encontramos outra vez, que foi hoje, quando fui lá novamente. Fui educado. Apenas isso. Dei o “oi” básico e tal, perguntei se tava tudo bem... e foi isso.
A verdade é que... eu não quero dar nome a sentimentos. Ele ainda mexe comigo, quase nas mesmas proporções que antes. Mas... Né? Não quero me dar esperanças, e nem darei. Esperança se tem quando se deseja muuuuito algo. E hoje eu não o desejo como um dia já desejei.
O problema é que eu me apego às pessoas erradas, e isso é frequente. Mais que isso: eu dificilmente consigo me desapegar. O ótimo é que, quando o desapego vem, ele vem com tudo. E eu pego nojo. Espero que isso aconteça logo (em relação a ele) porque, sinceramente, já cansei.
E, depois de todo esse texto meloso, só quero dizer que agradeço aos comentários e forças (principalmente do Runaway, do "Alma de Vingador", e do Luck®, do "Sampa da Mãe Joana", blogs que vocês conferem na lista aí do lado) enquanto eu tava “meio” em crise alérgica. É bom saber que, mesmo a uma distância grande, tem gente que é gente boa.
Durante esse tempo de crise alérgica, juro que pensei que não tinha mais motivo nenhum pra continuar vivendo. Fiz todo tipo de teste (contato, inalantes, alimentos) e mil exames de sangue, e todos deram negativo, não sou alérgico. Aí fico nessa de sou, não sou, sou, não sou. A minha dermatologista disse que pode ser alergia psicológica... Talvez eu estivesse entrando em depressão, mas sempre que penso que tou quase deprê mesmo, tento de todas as maneiras possíveis ocupar minha mente. Com coisas boas, de preferência. Costuma resolver... E, sabe quando a vida coloca na sua frente uma prova de que tudo poderia ser bem pior e que, na verdade, você deveria estar agradecendo por tudo, simplesmente tudo? Pois é, isso tem acontecido comigo ultimamente. E eu sempre agradeço por continuar vivo, por viver, por existir. Afinal, não consigo de jeito nenhum lidar com o fato de que um dia todos tem que morrer. Não consigo entender o motivo disso, e talvez nem haja um mesmo...
♬ White Stripes – Fell in Love with a girl
♬ Joss Stone – Fell in Love with a boy (cover do White Stripes que ela fez pro primeiro álbum, se não me engano. Muito digna a Joss!)
- Marcel.
domingo, 19 de setembro de 2010
Desabafo
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
O mundo que ele quer
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Fotografias
quinta-feira, 10 de junho de 2010
V is for Vanity
sábado, 15 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
20
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Melodia
quinta-feira, 8 de abril de 2010
"Pânico" de desconhecidos
Marcel saindo da biblioteca da faculdade, indo pra aula.
Menina-estranha-gorda-de-cabelo-horrivelmente-loiro-oxigenado se aproxima.
Monstra: ''Ei... você sabe onde é o auditório ‘XXX’? Não, é que eu vim do bairro-de-nome-feio-e-longe, aí me indicaram pra descer no ponto de ônibus da biblioteca, mas já rodei meia hora e não achei e eu tenho que chegar logo nesse auditório e eu já tou atrasada e...
Marcel: Sei, você segue por essa passarela , passa pelo próximo bloco e vai chegar lá no bloco onde fica o auditório, aí...
Monstra: Ah, você tá indo pra lá? (não espera eu falar e prossegue)...Me leva até lá?
Marcel (super educado, fino e tentando se desvencilhar): É só você seguir por ali, é fácil e num instante você...
Monstra: Não, tudo bem, eu vou contigo, assim eu não me perco!
(...)
Marcel caminhando rápido, bem rápido, e sem dar atenção alguma .
Monstra vindo um passo atrás e conversando, sozinha, um bilhão de coisas (só deus sabe o que!).Chegando na praça de alimentação, antes do bloco:
Marcel (na maior educação possível, obviamente): Olha, você segue pelo corredor, pode seguir direto...O auditório é exatamente no fim.
Monstra (cara de vira-lata sem banho e pidão): Oow, você pode me deixar lá?
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Because I don't give a Ж.Г.Ж.П.
Parece até que a Christina Aguilera me descreveu nessa música. Mas não numa noite. Não nessa noite. Me descreveu por decorridos e derradeiros 5 anos.
Quando certas coisas acontecem e certas ocasiões surgem, fico completamente descontrolado, sem controle e realmente não dou a mínima para o que vão pensar. Óbvio que eu lembro que depois vou me arrepender, mas mesmo assim, não me importo.
Caráter - personalidade - é algo mutável! Sou como um pequeno réptil que muda de cor a cada superfície plana que entra em contato. No meu caso, o humor que muda. Cínico, abstrato, arrogante, doce, compreensivo, gentil.
Quando eu tô com um cara eu faço coisas que eu normalmente não faria. Eu não sou eu. Eu passo de baunilha ao masoquismo num só arfar. Beijo garotos e garotas!
Mas vamos à Christina Aguilera's music!
Só a instrumental da música faz valer a pena! O arranjo, os tons, toda perfeita! Tá, já fizeram músicas assim antes. Mas é tão experimental a Aguilera cantar assim que a música se torna algo surpreendente e inovador! Dá um ar de libertação, inspiração...
Quero dizer que, dá uma sensação de que podemos fazer escancarado tudo aquilo que fazemos naqueles momentos em que não somos quem aparentamos ser... Vontade de beijar um cara no meio de um shopping; de transar em público; de entrar no banco, grampear a gravata do seu gerente na mesa e foder inusitadamente com ele, sem se importar com quem esteja alí ou com a vontade dele!
É, isso é bom
Eu precisava disso
Ficar louca
Vamos
Isso mesmo
Venha
Venha comigo agora, não pare
link to download:
http://www.4shared.com/file/253163486/f3019265/Christina_Aguilera_-_Not_Mysel.html?s=1
FIERCE FOR US!
domingo, 14 de março de 2010
Marcel
Ladies and gentleman, and flamboyant gentleman! (Cher, é você?)
Bem vindos ao post sobre este rato de tecnologia que vos escreve, digo, digita. O que ele pode falar dele? Que pergunta tosca, clichê até a raiz. Mas di-lo-ei mesmo assim. Ou diluí. Ou o que for. Porque agora eu estou ouvindo Cher – sim, eu ouço a diva jurássica, anciã, a mais linda anciã e mais diva de todas, e falem o que quiser contra isso, foda-se o que for contra. Mas as outras mais jovens também são boas. Um pouco mais jovens como Björk, ou bem mais jovens como Pink ou Christina Aguilera. E ainda bem mais jovens em um estilo inglês que enche meus olhos de prazer, sabe, do jeito que a Joss Stone faz bem, cantando. Viu que gaaaay?! Gay também gosta de rock, oras. Gosto demais, e, como eu costumava dizer há uns anos, repito agora: rock na veia. Me senti um pré-adolescente virgem às vésperas do colegial. O colegial, lugar onde pisei com muita vontade, boa e admirável presença, eu diria. Porque eu fui popular, no melhor estilo seriado-americano-idiota. Talvez tenham me achado gay por isso, mas eu não ligo, e, mesmo que ligasse, não dei motivos. Dei? Dei outra coisa, motivos não. Outras coisas, plural bem vindo. Gramática, sim, eu a amo! Desfenestrar-vos-ei palavras englobadas em prolixidade gramatical da sacal ociosidade da noite. Primeira vez que uso “desfenestrar”. É, gostei. Falando em desfenestrar, sou aquele tipo de ser quase humano que atira objetos quando está com raiva. Com raiva mesmo, muita raiva, extrema, até. Por isso tranco a porta do quarto e desfenestro coisas nas paredes (e não pela janela, como seria de se supor ou de se desfenestrar). Mas somente quando estou explodindo raiva, e isso não é freqüente. O que é freqüente a mim é colecionar aquelas bolinhas de silicone que você joga no chão e elas pulam altíssimo, sabe? Pois é. Também é freqüente escrever (óbvio pela profundidade em extensão desse post). Querem mais? Eu quero mais. A preguiça, entretanto, venceu. Ou o sono, ou essa música, esse som dançante de violino que sai das caixas de som. Ouço um barulho de motor de carro ao longe. Sim, eu amo carros! Amo mesmo, paro pra admirar a beleza de alguns carros. Isso é gay? Heterrosexualmente gay? Por que separar as coisas? Gay, hetero, viado, macho, sapatão, mulher, enrustido, fodido. Chega. Estou me excedendo. Continuo assim que a inconstância voltar.
Eu gosto de soltar minha voz e quebrar guitarras
Porque isso não me faz lembrar de nada
Eu gosto de brincar na areia, o que é meu é nosso
Se isso não me fizer lembrar de nada.
(Audioslave - Doesn't Remind Me)
- Marcel.